É perigoso isso mas, como diria Timão e Pumba “Eu rio na cara do perigo”.
Quando a gente gosta de alguém, a gente compreende... E esse alguém não precisa pedir desculpas por nada e nem eu preciso desculpá-la.
E gostar de alguém quem nem perto está, chega a ser estranho e louco.
E nem é preciso gostar GOSTAR, só é preciso um apreço, um apego tamanho, que até nos confunde.
É eu sei. É o mesmo que amor platônico por um ídolo, por alguém famoso ou por alguém que nem sabe que nós existimos.
A diferença é que eu falo com você e você fala comigo e ambos sabemos que existimos.
E a gente tem tão pouco. Mas é o suficiente por alguns instantes. Umas fotos, algumas palavras e pronto. Já é o suficiente pra acreditar naquela pessoa. Para encantar-se por ela... E descobrir que o melhor está longe. Que o ideal não está ao alcance dos dedos. Mas você sente aquela pessoinha de alguma maneira.
E valoriza mais e mais as palavras, mais e mais as ações, mais e mais as imagens...
Pensa que “não vai achar em nenhum lugar encaixe tão complexo assim. e quando a noite passar e tudo acabar, eu estarei aqui”.
E vamos mascarando assim, escondendo, massacrando aquilo que vai crescendo.
Como se fosse possível guardar numa caixinha, bem pequenina, dentro do peito.
Tempo vai, horas vem e vai apertando... apertando... apertando... e aquilo já não cabe mais dentro da caixinha. E agora, faz o que?
Senta e espera passar, por que não tem outro jeito.
Por que existe a distância gigantesca, não tem o toque e não tem um milhão de outras coisas que são necessárias para se apaixonar e construir um “gostar”. E mesmo assim o coração palpita, o frio na barriga vem, as mãos suam... Por que acontece.
Gostar acontece, apaixonar-se acontece, sentir saudade acontece. E o amor acontece. E cresce.
Por que ninguém manda no coração. A gente só evita e não se permite.
Dá medo, dá coragem, dá vontade de não acreditar, dá receio, dá um tudo e dá um nada. Preenche mas é vazio...
É a amargura do não ter ali ao alcance das mãos, mas ter perto do coração.
Nos altos e baixos entre aceitar e enfrentar o desafio ou simplesmente desistir...
Aceitar e enfrentar dá medo, medo de fracassar...
Medo de sofrer e ser igual ao que já foi um dia.
Mas dá medo de desistir também, e depois descobrir que poderia ser a escolha mais feliz de nossas vidas...
É como estar no limbo, estar entre o céu e o inferno e não escolher nenhum dos dois...
Talvez estar no inferno, ficar a admirar e desejar o céu.
Ou estar no céu, admirar e desejar o inferno...
E tudo isso por preferir acreditar no ilusório, no sonho e no ideal que construímos, mas com os pés no chão e se satisfazer com aquilo que quem sabe um dia será possível...
A gente tenta não se apegar, não gostar, não querer. Mas confessa que por alguns minutos enquanto mergulhados nas doces palavras do outro a gente se entrega de coração.
As portas se abrem, o coração se esquece da realidade e se permite sentir algo tão bom...
Nem que isso dure alguns minutos, mas permite.
Permite-se sonhar...
Permite-se acreditar...
Acreditar no sonho que pode se tornar real, que pode ser possível.
O problema é que não nos permitimos viver de verdade.
O problema é que não nos sentimos livre o suficiente.
O problema são todas as desculpas que damos a nós mesmos para evitar querer, evitar tentar e evitar se machucar.
"Daí vai ficando por aí, eu vou ficando por aqui, evitando, desviando, sempre pensando, se por acaso, a gente se cruzasse..." (Alice Ruiz)
Que bonito tudo o que escreveu. Demonstra o quanto é essencial a nós todos o desejo de felicidade e a crença de que todas as adversidades serão curadas pela força de algo maior. Cada vez que eu leio você, eu fico muito emocionado. Parabéns pelo lindo texto blog.
ResponderExcluirA.S.
assino em baixo de todo esse sentimento
ResponderExcluirpois essa coisa da distancia é terrível.. rs rs