"É loucura jogar fora todas as chances de ser feliz porque uma tentativa não deu certo."

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Não trocaria um sorvete de flocos por você...


 
♫ Você disse que me ama
Pensa que engana o meu pobre coração
Tá saindo com um banana
Com saudade da minha cama
Esperando o meu perdão
uuuh
Fica dizendo que me quer
Mas prefere um mané apaixonado por você
Tatuagem com meu nome
Ainda tem meu telefone
Assim não vai me esquecer
Por isso eu não...
Trocaria um sorvete de flocos por você
ie
Você ficava só de meia
Eu te chamava de sereia
Parecia tão legal
Um casal apaixonado
Fica mesmo transtornado
É uma coisa tão normal
uuuh
Eu tirava sua blusa
Você minha bermuda e falava de amor
Me chamava de canalha
Destruía minha guitarra e dizia acabou
Por isso eu não...
Trocaria um sorvete de flocos por você
ie

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Manual da intensidade


Tudo perde a graça tão rapidamente hoje em dia.
É difícil resumir o que realmente procuramos no outro em uma só palavra.
É preciso que o “eleito” preencha uma série de exigências pra nos sentirmos completos.
É a jornada daqueles que descobriram que suas almas necessitam de uma outra para se realizarem, que precisam continuar amando.
É como uma frase que uso muito, e nem sei se li em algum lugar ou se é de autoria minha.
Por que como sou observador, às vezes vejo algo em algum lugar e me esqueço que vi, tomo aquilo como “minha verdade” que depois nem lembro mais de onde veio. É defeito de fábrica (obrigado ao meu pai e minha mãe por isso ¬¬ rsrs).

“Preciso de um novo amor. Não para esquecer o velho, mas para continuar amando. Por que hoje eu sei que minha vida é amar.”

Profundo não?
Pois é, essa é uma de muitas das minhas verdades.
Eu sinto a necessidade de continuar amando, por que o amor é como uma droga. E vicia.
Mas a coisa toda é mais complexa, por que não da pra amar qualquer um. Não da pra amar vários de uma só vez. Não dá. Com o amor de verdade, não dá. Com o amor que eu conheci, nana-nina-não (coloquei os traços pra você conseguir ler sem ter que reler., sou legal não?).
Enfim, não dá.
Hoje eu quero um amor (eu usei “QUERO”, por que usar “PROCURO” ia ficar clichê demais) que seja intenso.

Não se desespere caro amigo, fique calmo que eu já vou explicar.
Vamos se eu consigo fazer você entrar na mesma linha de pensamento que eu.

Hoje em dia é tudo muito mecânico. Tudo mais fácil do que antigamente, tudo ao alcance dos dedos, falo isso por que minha primeira TV em cores, eu tinha que me levantar e trocar de canal (pasmem) manualmente. E não reclamava por isso, agradecia a Deus por ter uma TV em cores (e olha que o titio McLovin aqui, nem é tão velho assim). A gente agradecia ao invés de reclamar, e fazia o esforço necessário pra se sentir feliz.
Comparando com os dias de hoje, quando as pilhas do controle remoto da sua TV ficam fracas, o que você faz?
  • a.       Aperta mais forte o botão (como se fosse resolver alguma coisa)
  • b.      Bate no controle (achando que a pilha vai por milagre gerar mais energia)
  • c.       Reclama (como sempre, mas só reclama e não faz nada a respeito)
  • d.      Desiste e deixa no mesmo canal (por que está sempre cansado e sempre com muita preguiça)
  • e.       Levanta-se e vai mudar o canal manualmente. (sem reclamar, sem esbravejar)

Olha, eu tenho certeza absoluta que você faz de A à D e não faz a última.

Nós estamos condicionados a permanecer com a bunda no sofá. O mundo fez isso conosco.
Tente alinhar esse pensamento com sua vida, de um modo geral.
Estamos acostumados a se sentir confortável e continuar na “zona de conforto” por que é previsível.
Tudo se tornou previsível, T U D O.
E até ficar reclamando é previsível, pare e pense neste exato momento: quantas vezes você reclamou de alguma coisa hoje?
Eu como não sou perfeito, é obvio que reclamei hoje. E várias vezes.
E dentre elas, foi de você caro leitor. Aham, isso mesmo, reclamei de você que não faz esforço por nada e por ninguém e continua reclamando. Reclamando das mesmas coisas, das mesmas pessoas.

É natural querer ter algo e não batalhar por ela, é natural sim, natural dos preguiçosos.

Eu sou um cara intenso, quando eu amo, eu amo mesmo. Quando eu gosto, eu gosto de verdade. E quando eu quero uma coisa, meu amigo SAI DE PERTO. Por que eu adoro ir além do que já fiz antes, e odeio me repetir. Então tento sempre, dar um passo a mais daquilo que já fiz antes. O caminho pode ate ser o mesmo mas sempre quero saber como vai terminar, onde vai dar.
E maior mentira do mundo se eu disser que não quero alguém assim, pelo menos um pouco parecido comigo. Que seja intenso também e que quando quer uma coisa vai até o fim ou no mínimo tenta ir.

Agora falando da busca do amor perfeito, já fui até cidades desconhecidas em busca disso.
Numa delas levei um pé na bunda 5 dias antes de embarcar. Noutra delas fui maltratado por quem eu achei que era o amor da minha vida. Entre outras coisas mais pesadas que nem valem a pena comentar.
Já mandei flores pra alguém que nunca tinha visto pessoalmente, e nessa o resultado foi foda também, recebi a seguinte SMS: “nunca mais mande nada pra mim, ... , nunca irão conseguir me comprar com presentes.”
Como se flores, chocolate, ursinho de pelúcia e um DVD fosse algo tão grandioso assim pra comprar alguém. Pelo menos pra mim, são coisas tão pequenas e tem muito mais simbolismo do que valor material. Se eu fosse comprar alguém daria um carro, ou uma casa de presente. Não umas bobeiras.

Mas enfim, essa é a intensidade, de fazer algo por alguém sem ver a quem. Sabe, ser instintivo e acreditar naquilo que sente, independente do outro e se vai dar certo ou não.
Tão fácil hoje viajar por todo o Brasil de avião. Sempre tem promoção.
Não são as coisas em si, mas o significado de cada uma delas.
Querer é poder sim, o que depende da intensidade do quanto você quer e o quanto está disposto por isso.
Vejo na internet o comodismo (que é um mal parasitário) assolar as pessoas de tal forma que me deixa abobado.
Todo mundo quer um amor intenso, mas querem tudo de mão beijada. PORRA, se o amor não vem bater a sua porta vá atrás dele então. Corra riscos, seja intenso e viva intensamente, e FODA-SE se não der certo por que o que vai contar no final de tudo foi o quanto você fez, e nunca o quanto você esperou que fizessem por você.
E daí, se você fez e não obteve êxito. E daí se não deu certo. Que seja então a próxima que vai dar certo.
Prefira o otimismo e nunca o pessimismo.
Para de reclamar do controle da TV e faça alguma coisa. E é normal ter medo de tomar a iniciativa, mas o que não pode é o medo tomar conta.

“O medo tem alguma utilidade, mas a covardia não.” (Gandhi)

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Tão Tão Distante ...

É perigoso isso mas, como diria Timão e Pumba “Eu rio na cara do perigo”.
Quando a gente gosta de alguém, a gente compreende... E esse alguém não precisa pedir desculpas por nada e nem eu preciso desculpá-la.
E gostar de alguém quem nem perto está, chega a ser estranho e louco.

E nem é preciso gostar GOSTAR, só é preciso um apreço, um apego tamanho, que até nos confunde.

É eu sei. É o mesmo que amor platônico por um ídolo, por alguém famoso ou por alguém que nem sabe que nós existimos.
A diferença é que eu falo com você e você fala comigo e ambos sabemos que existimos.

E a gente tem tão pouco. Mas é o suficiente por alguns instantes. Umas fotos, algumas palavras e pronto. Já é o suficiente pra acreditar naquela pessoa. Para encantar-se por ela... E descobrir que o melhor está longe. Que o ideal não está ao alcance dos dedos. Mas você sente aquela pessoinha de alguma maneira.
E valoriza mais e mais as palavras, mais e mais as ações, mais e mais as imagens...
Pensa que “não vai achar em nenhum lugar encaixe tão complexo assim. e quando a noite passar e tudo acabar, eu estarei aqui.
E vamos mascarando assim, escondendo, massacrando aquilo que vai crescendo.
Como se fosse possível guardar numa caixinha, bem pequenina, dentro do peito.
Tempo vai, horas vem e vai apertando... apertando... apertando... e aquilo já não cabe mais dentro da caixinha. E agora, faz o que?
Senta e espera passar, por que não tem outro jeito.

Por que existe a distância gigantesca, não tem o toque e não tem um milhão de outras coisas que são necessárias para se apaixonar e construir um “gostar”. E mesmo assim o coração palpita, o frio na barriga vem, as mãos suam... Por que acontece.
Gostar acontece, apaixonar-se acontece, sentir saudade acontece. E o amor acontece. E cresce.
Por que ninguém manda no coração. A gente só evita e não se permite.

Dá medo, dá coragem, dá vontade de não acreditar, dá receio, dá um tudo e dá um nada. Preenche mas é vazio...
É a amargura do não ter ali ao alcance das mãos, mas ter perto do coração.
Nos altos e baixos entre aceitar e enfrentar o desafio ou simplesmente desistir...
Aceitar e enfrentar dá medo, medo de fracassar...
Medo de sofrer e ser igual ao que já foi um dia.
Mas dá medo de desistir também, e depois descobrir que poderia ser a escolha mais feliz de nossas vidas...

É como estar no limbo, estar entre o céu e o inferno e não escolher nenhum dos dois...
Talvez estar no inferno, ficar a admirar e desejar o céu.
Ou estar no céu, admirar e desejar o inferno...

E tudo isso por preferir acreditar no ilusório, no sonho e no ideal que construímos, mas com os pés no chão e se satisfazer com aquilo que quem sabe um dia será possível...

A gente tenta não se apegar, não gostar, não querer. Mas confessa que por alguns minutos enquanto mergulhados nas doces palavras do outro a gente se entrega de coração.
As portas se abrem, o coração se esquece da realidade e se permite sentir algo tão bom...
Nem que isso dure alguns minutos, mas permite.
Permite-se sonhar...
Permite-se acreditar...
Acreditar no sonho que pode se tornar real, que pode ser possível.
O problema é que não nos permitimos viver de verdade.
O problema é que não nos sentimos livre o suficiente.
O problema são todas as desculpas que damos a nós mesmos para evitar querer, evitar tentar e evitar se machucar.

"Daí vai ficando por aí, eu vou ficando por aqui, evitando, desviando, sempre pensando, se por acaso, a gente se cruzasse..." (Alice Ruiz)