"É loucura jogar fora todas as chances de ser feliz porque uma tentativa não deu certo."

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

As pessoas esperam sempre


As pessoas esperam sempre, e talvez esse seja o problema.
Certa vez me disseram: - É um caminho de mão dupla.
Mas ouvir isso de quem nem ao menos se da o trabalho de responder uma sms, é muito.
A verdade é que todos esperam o sacrifício do outro, e se esquecem de que é preciso fazer esforço também.
Sabe, já não me considero criança a muito tempo e tomo minhas atitudes, sempre bem pensadas, como um velho ancião da montanha. rsrs

O negocio todo é que ninguém nunca está pronto.
Ninguém esta pronto para se doar, e quando se doa é esperando algo em troca.
Tá, isso é normal. Por que afinal, ninguém faz nada de graça.
Não, não estou me referindo ao dinheiro, e sim a qualquer coisa no mundo.
Por que tudo é na base da troca. Vai e vem, e independente do tempo que esperamos.
Até mesmo uma amizade é assim, você demonstra amizade, mas é claro que espera que um dia seja recompensado, e nem que seja por ouvir uma palavra de força quando esta mal, ou com algum problema.
E em nome do amor não seria diferente, não é mesmo?

Mas eu te pergunto, e você tem feito o suficiente?
E quem é que não manda um torpedo, esperando receber outro em troca?
E quem é que não faz uma ligação esperando receber outra?
E quem é que não se importa esperando que o outro se importe também?

Isso chega a ser um equivoco, principalmente no mundo em que estou mergulhado.
Onde há denominações para definir o comportamento, como “Paizão”, “Filhote”, etc.
Mesmo que você tenha um comportamento como “Pai”, que gosta de cuidar e se importar, você também quer ser cuidado. Pra mim, “Pai” já foi filho e querendo ou não essa posição comportamental dentro do relacionamento é indefinida, por que por mais que você goste de cuidar, você quer ter atenção também.
Na minha cabeça não é possível e chega a beirar o ridículo você afirmar de pé junto que gosta SÓ de cuidar e desprender atenção e não se importa se vai receber de volta ou não.
Isso pra mim é demonstração de carinho e afeto. Sabe, se preocupar com o outro e demonstrar isso.
Isso sim é a via de mão dupla.
Só sei que pra eu cuidar, eu preciso me sentir cuidado... e não colocado de lado.


Eu confesso que estou um pouco cansado disso.
Cansado de só eu me preocupar.
Cansado de só eu me importar se está tudo bem.
Cansado de somente eu tomar a iniciativa.
E isso, até mesmo no sexo, por que a maioria acha que por eu ser ativo, só eu tenho que pegar com jeito. Só eu tenho que tomar a iniciativa em tudo.
Isso cansa.
Cansa de ser só eu em tudo.
Eu tenho um jeito meio “mandão” de ser, na maior parte do tempo, mas ter atitude é independente disso.
E isso é difícil de achar hoje em dia, alguém que tenha atitude de homem de verdade e não fique de frescurinha, saca?
Que saiba o que quer e que faça acontecer.
Que não fique paralisado de medo e sem saber o que fazer.
A gente tem tão pouco tempo pra viver, e quando você perceber o tempo que esta perdendo SÓ pensando, será muito tarde.
Tem que ser “meio louco” e tem que fazer “loucuras”. Isso sim é viver.

E estou prestes a cometer uma. Mas calma, é uma loucura “boa”.
No momento estou arquitetando, depois eu conto. =]

"Todas as decisões tem um preço... mas trazem consigo uma glória..
Quanto maior o preço da sua decisão, maior a glória que ela vai te proporcionar!!!
Qual decisão você precisa tomar hoje?
"

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Por favor, um marido pra viagem.


A probabilidade de se acertar torna-se imensamente maior se as duas peças chave queiram que isso aconteça.
Divergências, discussões, brigas banais e aquela vontade louca de escolher um outro caminho. A tentação é grande tendo em vista que se torna (ilusoriamente) muito fácil acreditar que: - EU POSSO ARRUMAR ALGO MELHOR! ou – EU MEREÇO ALGO MELHOR.
Com o “leque de possibilidades” aberto, são tantos caminhos que podemos trilhar e acabamos nos iludindo...
Mas tudo isso depende de uma série de fatores. É claro!
Com a velocidade do mundo em que vivemos, onde tudo cai em desuso rapidamente, fica tão fácil encontrar alguém que nos queira (nem que seja por uma noite apenas).
E é fácil desistir.
É fácil mentir.
É fácil não querer seguir mais aquele caminho.
É fácil acreditar que acabou e não resta mais nada.

Os relacionamentos se acabam, se desgastam, e não movemos um dedo pra reaver e resgatar o sentimento fugaz da paixão e manter o amor e o carinho.
Então tudo acaba, e um mundo lindo e maravilhoso se põe diante de seus olhos e ficamos bobos diante de tanta coisa que se pode fazer sozinho.
Você tem a epifania de que não necessita estar com alguém para ser feliz, se torna introspectivo e auto-suficiente, cheio de meias verdades mascaradas.
Mas esse tempo passa, e ter alguém que nos compreende ao nosso lado começa a fazer falta.
A gente passa a enxergar o passado muito melhor, aprende em meio a tristeza que todos os detalhes felizes tinham uma força tão grande e não percebíamos, inebriados pela vontade de louca de finalizar algo que parecia supérfluo e sem sentido.
E parecia mesmo, buscando as explicações nas atitudes do outro, já que não mais suportava as manias que nem nos machucavam, mas que se tornaram monstros dentro do relacionamento.
E vai fazendo falta... cada dia mais...
Passamos ver com uma clareza absurda que era possível continuar marchando, e que a melhor maneira seria conversando. Por que o dialogo que era tão importante para nos acertarmos e aparar as arestas no inicio, foi simplesmente esquecido.

É valido tentar se modificar, deixar manias e sacrificar um pouco de si pelo companheiro?
Eu acho que tudo depende.
Depende de onde você quer chegar. E o mais importante, se quer chegar lá sozinho.
Todo mundo quer alguém moldado nos nossos parâmetros. Alguém que seja o encaixe perfeito nas nossas exigências, de como seria o perfeito para nós.

A questão é:
Dá pra encomendar um amor?

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Não trocaria um sorvete de flocos por você...


 
♫ Você disse que me ama
Pensa que engana o meu pobre coração
Tá saindo com um banana
Com saudade da minha cama
Esperando o meu perdão
uuuh
Fica dizendo que me quer
Mas prefere um mané apaixonado por você
Tatuagem com meu nome
Ainda tem meu telefone
Assim não vai me esquecer
Por isso eu não...
Trocaria um sorvete de flocos por você
ie
Você ficava só de meia
Eu te chamava de sereia
Parecia tão legal
Um casal apaixonado
Fica mesmo transtornado
É uma coisa tão normal
uuuh
Eu tirava sua blusa
Você minha bermuda e falava de amor
Me chamava de canalha
Destruía minha guitarra e dizia acabou
Por isso eu não...
Trocaria um sorvete de flocos por você
ie

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Manual da intensidade


Tudo perde a graça tão rapidamente hoje em dia.
É difícil resumir o que realmente procuramos no outro em uma só palavra.
É preciso que o “eleito” preencha uma série de exigências pra nos sentirmos completos.
É a jornada daqueles que descobriram que suas almas necessitam de uma outra para se realizarem, que precisam continuar amando.
É como uma frase que uso muito, e nem sei se li em algum lugar ou se é de autoria minha.
Por que como sou observador, às vezes vejo algo em algum lugar e me esqueço que vi, tomo aquilo como “minha verdade” que depois nem lembro mais de onde veio. É defeito de fábrica (obrigado ao meu pai e minha mãe por isso ¬¬ rsrs).

“Preciso de um novo amor. Não para esquecer o velho, mas para continuar amando. Por que hoje eu sei que minha vida é amar.”

Profundo não?
Pois é, essa é uma de muitas das minhas verdades.
Eu sinto a necessidade de continuar amando, por que o amor é como uma droga. E vicia.
Mas a coisa toda é mais complexa, por que não da pra amar qualquer um. Não da pra amar vários de uma só vez. Não dá. Com o amor de verdade, não dá. Com o amor que eu conheci, nana-nina-não (coloquei os traços pra você conseguir ler sem ter que reler., sou legal não?).
Enfim, não dá.
Hoje eu quero um amor (eu usei “QUERO”, por que usar “PROCURO” ia ficar clichê demais) que seja intenso.

Não se desespere caro amigo, fique calmo que eu já vou explicar.
Vamos se eu consigo fazer você entrar na mesma linha de pensamento que eu.

Hoje em dia é tudo muito mecânico. Tudo mais fácil do que antigamente, tudo ao alcance dos dedos, falo isso por que minha primeira TV em cores, eu tinha que me levantar e trocar de canal (pasmem) manualmente. E não reclamava por isso, agradecia a Deus por ter uma TV em cores (e olha que o titio McLovin aqui, nem é tão velho assim). A gente agradecia ao invés de reclamar, e fazia o esforço necessário pra se sentir feliz.
Comparando com os dias de hoje, quando as pilhas do controle remoto da sua TV ficam fracas, o que você faz?
  • a.       Aperta mais forte o botão (como se fosse resolver alguma coisa)
  • b.      Bate no controle (achando que a pilha vai por milagre gerar mais energia)
  • c.       Reclama (como sempre, mas só reclama e não faz nada a respeito)
  • d.      Desiste e deixa no mesmo canal (por que está sempre cansado e sempre com muita preguiça)
  • e.       Levanta-se e vai mudar o canal manualmente. (sem reclamar, sem esbravejar)

Olha, eu tenho certeza absoluta que você faz de A à D e não faz a última.

Nós estamos condicionados a permanecer com a bunda no sofá. O mundo fez isso conosco.
Tente alinhar esse pensamento com sua vida, de um modo geral.
Estamos acostumados a se sentir confortável e continuar na “zona de conforto” por que é previsível.
Tudo se tornou previsível, T U D O.
E até ficar reclamando é previsível, pare e pense neste exato momento: quantas vezes você reclamou de alguma coisa hoje?
Eu como não sou perfeito, é obvio que reclamei hoje. E várias vezes.
E dentre elas, foi de você caro leitor. Aham, isso mesmo, reclamei de você que não faz esforço por nada e por ninguém e continua reclamando. Reclamando das mesmas coisas, das mesmas pessoas.

É natural querer ter algo e não batalhar por ela, é natural sim, natural dos preguiçosos.

Eu sou um cara intenso, quando eu amo, eu amo mesmo. Quando eu gosto, eu gosto de verdade. E quando eu quero uma coisa, meu amigo SAI DE PERTO. Por que eu adoro ir além do que já fiz antes, e odeio me repetir. Então tento sempre, dar um passo a mais daquilo que já fiz antes. O caminho pode ate ser o mesmo mas sempre quero saber como vai terminar, onde vai dar.
E maior mentira do mundo se eu disser que não quero alguém assim, pelo menos um pouco parecido comigo. Que seja intenso também e que quando quer uma coisa vai até o fim ou no mínimo tenta ir.

Agora falando da busca do amor perfeito, já fui até cidades desconhecidas em busca disso.
Numa delas levei um pé na bunda 5 dias antes de embarcar. Noutra delas fui maltratado por quem eu achei que era o amor da minha vida. Entre outras coisas mais pesadas que nem valem a pena comentar.
Já mandei flores pra alguém que nunca tinha visto pessoalmente, e nessa o resultado foi foda também, recebi a seguinte SMS: “nunca mais mande nada pra mim, ... , nunca irão conseguir me comprar com presentes.”
Como se flores, chocolate, ursinho de pelúcia e um DVD fosse algo tão grandioso assim pra comprar alguém. Pelo menos pra mim, são coisas tão pequenas e tem muito mais simbolismo do que valor material. Se eu fosse comprar alguém daria um carro, ou uma casa de presente. Não umas bobeiras.

Mas enfim, essa é a intensidade, de fazer algo por alguém sem ver a quem. Sabe, ser instintivo e acreditar naquilo que sente, independente do outro e se vai dar certo ou não.
Tão fácil hoje viajar por todo o Brasil de avião. Sempre tem promoção.
Não são as coisas em si, mas o significado de cada uma delas.
Querer é poder sim, o que depende da intensidade do quanto você quer e o quanto está disposto por isso.
Vejo na internet o comodismo (que é um mal parasitário) assolar as pessoas de tal forma que me deixa abobado.
Todo mundo quer um amor intenso, mas querem tudo de mão beijada. PORRA, se o amor não vem bater a sua porta vá atrás dele então. Corra riscos, seja intenso e viva intensamente, e FODA-SE se não der certo por que o que vai contar no final de tudo foi o quanto você fez, e nunca o quanto você esperou que fizessem por você.
E daí, se você fez e não obteve êxito. E daí se não deu certo. Que seja então a próxima que vai dar certo.
Prefira o otimismo e nunca o pessimismo.
Para de reclamar do controle da TV e faça alguma coisa. E é normal ter medo de tomar a iniciativa, mas o que não pode é o medo tomar conta.

“O medo tem alguma utilidade, mas a covardia não.” (Gandhi)

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Tão Tão Distante ...

É perigoso isso mas, como diria Timão e Pumba “Eu rio na cara do perigo”.
Quando a gente gosta de alguém, a gente compreende... E esse alguém não precisa pedir desculpas por nada e nem eu preciso desculpá-la.
E gostar de alguém quem nem perto está, chega a ser estranho e louco.

E nem é preciso gostar GOSTAR, só é preciso um apreço, um apego tamanho, que até nos confunde.

É eu sei. É o mesmo que amor platônico por um ídolo, por alguém famoso ou por alguém que nem sabe que nós existimos.
A diferença é que eu falo com você e você fala comigo e ambos sabemos que existimos.

E a gente tem tão pouco. Mas é o suficiente por alguns instantes. Umas fotos, algumas palavras e pronto. Já é o suficiente pra acreditar naquela pessoa. Para encantar-se por ela... E descobrir que o melhor está longe. Que o ideal não está ao alcance dos dedos. Mas você sente aquela pessoinha de alguma maneira.
E valoriza mais e mais as palavras, mais e mais as ações, mais e mais as imagens...
Pensa que “não vai achar em nenhum lugar encaixe tão complexo assim. e quando a noite passar e tudo acabar, eu estarei aqui.
E vamos mascarando assim, escondendo, massacrando aquilo que vai crescendo.
Como se fosse possível guardar numa caixinha, bem pequenina, dentro do peito.
Tempo vai, horas vem e vai apertando... apertando... apertando... e aquilo já não cabe mais dentro da caixinha. E agora, faz o que?
Senta e espera passar, por que não tem outro jeito.

Por que existe a distância gigantesca, não tem o toque e não tem um milhão de outras coisas que são necessárias para se apaixonar e construir um “gostar”. E mesmo assim o coração palpita, o frio na barriga vem, as mãos suam... Por que acontece.
Gostar acontece, apaixonar-se acontece, sentir saudade acontece. E o amor acontece. E cresce.
Por que ninguém manda no coração. A gente só evita e não se permite.

Dá medo, dá coragem, dá vontade de não acreditar, dá receio, dá um tudo e dá um nada. Preenche mas é vazio...
É a amargura do não ter ali ao alcance das mãos, mas ter perto do coração.
Nos altos e baixos entre aceitar e enfrentar o desafio ou simplesmente desistir...
Aceitar e enfrentar dá medo, medo de fracassar...
Medo de sofrer e ser igual ao que já foi um dia.
Mas dá medo de desistir também, e depois descobrir que poderia ser a escolha mais feliz de nossas vidas...

É como estar no limbo, estar entre o céu e o inferno e não escolher nenhum dos dois...
Talvez estar no inferno, ficar a admirar e desejar o céu.
Ou estar no céu, admirar e desejar o inferno...

E tudo isso por preferir acreditar no ilusório, no sonho e no ideal que construímos, mas com os pés no chão e se satisfazer com aquilo que quem sabe um dia será possível...

A gente tenta não se apegar, não gostar, não querer. Mas confessa que por alguns minutos enquanto mergulhados nas doces palavras do outro a gente se entrega de coração.
As portas se abrem, o coração se esquece da realidade e se permite sentir algo tão bom...
Nem que isso dure alguns minutos, mas permite.
Permite-se sonhar...
Permite-se acreditar...
Acreditar no sonho que pode se tornar real, que pode ser possível.
O problema é que não nos permitimos viver de verdade.
O problema é que não nos sentimos livre o suficiente.
O problema são todas as desculpas que damos a nós mesmos para evitar querer, evitar tentar e evitar se machucar.

"Daí vai ficando por aí, eu vou ficando por aqui, evitando, desviando, sempre pensando, se por acaso, a gente se cruzasse..." (Alice Ruiz)

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Homem solteiro procura;

Jovem entre 25 e 35 anos
Inteligente
Sarado ou malhado ou magro
Independente
Discreto
Não afeminado
Ativo (dotado)
Solteiro

Em minha opinião, só faltou exigir que soltasse magia pelas mãos.
Penso ser praticamente impossível encontrar todas essas qualidades em uma só pessoa. Acredito que, alguém que seja inteligente, não será bonito. Se for bonito e sarado não será inteligente. Se o cara for tudo isso, ele só pode ser garoto de programa. rs
Pasme, esta lista de exigências é real. Encontrei no perfil de um usuário de um site de relacionamentos de uma sub-cultura do mundo gay.

O mundo se tornou exigente conosco, isso é um fato.
Exige que sejamos assim, assados, que se comporte desta ou daquela maneira.
Exige que tenhamos personalidade quando sozinhos, mas que sejamos burros quando em grande quantidade (lê-se massa), e a grande maioria da população semi-analfabeta.
E ao invés de lutarmos contra a ditadura comportamental, fazemos o que?
Passamos as exigências adiante. Exigimos mais dos amigos, dos familiares, dos companheiros.
Hoje mesmo enquanto servia minha mãe como o motorista da rodada, entre uma musica e outra, divagava entre o que acabamos exigindo para nós mesmos, e é claro que me confrontei. Era a etapa final, como sempre, acabo me confrontando.

Mas o que me deixou de cuca ardente é que a sociedade exige, e permanece estagnada. Ou seja, ela te cobra e permanece te observando. Não da nada em troca.
Sim, passamos para frente isso também. Exigimos, mas não se olha o próprio umbigo.
Claro que desejamos aquilo que seria o ideal, e buscamos com sofreguidão um ideal nosso, só nosso.
Exigindo o superficial e esquecendo a essência, MAS QUE PORRA TA ACONTECENDO CONOSCO?
A busca do ideal particular.
O que é bom pra mim, talvez não seja o perfeito pra outro e assim vai indo. A lista vai se formando e reformulando a cada passo. E se torna imensamente maior que o pequeno grão de dúvida que se plantou, por si só.
A gente tem mania de seguir extintos animalescos, como se fossemos predadores em busca de alimento. Também pudera, no mundo do “já, agora” ficamos com sede de sugar o outro até a última gota e depois descartarmos.
Amigos descartáveis, conversas fúteis, relacionamento baratos baseados em nada. Tudo sem sentimento, seco, e utilizado da pior maneira possível.

Nós nos tornamos baratos, rudes, mal educados e egoistas. E acabamos nos expondo em sites de relacionamento como se expõe carnes numa vitrine. e acabamos escolhendo da mesma forma que escolhe a carne para um churrasco.
Vai ao açougue, escolhe o pedaço de picanha que pra você é o mais bonito e suculento, enquanto o outro na fila vira os olhos e pensa; - Tadinho, não sabe escolher carne.
Levamos pra casa e iniciamos o ritual do sofredor. Tudo pra no final, tirarmos o melhor proveito.
Enquanto o mundo inteiro reclama que ninguém quer relacionamento sério (inclusive os héteros, meninos e meninas. É só se lembrar daquela sua amiga falando todo santo dia “não tem homem no mercado”) no nosso mundo Homo, não é diferente.

Pelo menos nós somos mais diretos e não damos tanta volta quando queremos só transar. O mundo gay é tão sexual quanto o mundo Hétero, o que é péssimo por que acaba tornando tão mecânico quanto num filme pornô, e tem gente que acha que está em um.
É só entrar na sala de bate papo, trocar algumas palavras e pronto. “SEXO DI GRÁTIS”
Simples, fácil e sem sofrimento.
Isso é ótimo, pra quem curte FAST-FODA (trocadilho para fast food, comida rápida.).
Satisfaz-se com sexo sem compromisso, e depois sofre se lamentando por dormir sozinho.
Mas como faz com quem até hoje não consegue transar sem se envolver? o que é o meu caso, rs
Sei lá, não entra na minha cabeça SÓ TREPAR, sem saber quem é o sujeito, da onde ele veio, pra onde ele vai. Simplesmente não entra, transar com alguém sem saber o nome, o que gosta de fazer nas horas vagas, etc.
Mas há quem se satisfaz desta forma e está muito bem assim.

Será que cada vez mais nos tornaremos nisso?
Seres humanos desprovidos de emoções e egoístas, só pra satisfazer o ego.

Tenho muito medo que isso se torne tão normal quanto parece ser. Muito medo mesmo.
Não quero ser, o amigo descartável, o sanduiche da fast-foda, não mesmo.
Mas o problema é; Como se ajustar sendo ‘o diferente’ onde todos estão se tornando cada vez mais iguais?
E as exigências?
Seria tão hipócrita dizer que não tenho as minhas, tenho sim.
Por enquanto só posso dizer que: Quero alguém que sente comigo e divida 3 ou 4 McLanche Feliz sim, por causa do brinde do que alguém que peça um McSalad.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Meu Mundo Não é Cor-de-rosa

Passei dias a fio pensando em como começar a escrever o primeiro post desse blog.

Bati uma aposta comigo mesmo, de pelo menos uma vez por semana postar algo.

Ainda tenho duvidas sobre o que postar, como postar, se será muito texto, pouco texto, qual linha criativa devo seguir ... enfim, muitas duvidas e nada concretizado.

Não quero transparecer o cara chato que “filobosteia” o dia inteiro sobre o comportamento das pessoas e as amarguras do mundo.

O lance é que eu sou gay, bicha, viado, homossexual. mas esse mundinho colorido não me encanta, não mesmo.

Não discrimino, mas não me agrada. Gostar de DIVAS pop, ver filmes temáticos, abraçar a causa e participar da parada gay.

Não me vejo lá dançando o mais novo remix de “It’s Raining Man”.

Isso é preconceito de minha parte? Não mesmo. Acho legal a atitude e tals, defender o que pensa, gritar pra todo mundo o que é e o que gosta.

Mas eu não. Acho que não me sentiria a vontade. Posso ate ir um dia pra ver como é, olhar nossos irmãozinhos se divertindo e tal, mas não consigo me encaixar lá no meio com uma bandeira na mão.

Só isso.

Há tempos tive idéia de fazer esse blog, mas sem apoiar algo ou defender uma causa ou estilo de vida, só senti necessidade de vir aqui expor a vida de um cara que curte HOMENS mas não deixa de usar barba. como diz o Leão Lobo; SOU VIADO DE BARBA!

E foi assim mesmo que expliquei pra minha mãe quando contei que era gay.

- Mãe, sou gay. Mas sou diferente, te falo ainda que sou diferente dos outros que são diferentes. E ainda sim diferente do que esta acostumada a ver por aí. Sou homem que gosta de homem e não é por isso que me sinto mulher ou a necessidade de vestir como tal e falar como tal. Me sinto homem, preso no corpo de homem e que gosta de homens. (rs)

E assim foi, também quando contei aos meus (poucos) amigos que sabem sobre mim.
Estou defendendo a discriminação e o preconceito contra os afeminados? Não!

Nem ligo se você for afeminado.
Cada um, com seu cada um e cada qual, com seu cada qual.
Tem gente que curte CrossDresser, tem gente que curte travestis, tem gente pra tudo e com gostos variados. Mas nem posso me aprofundar nisso, por que os outros são os outros. Só posso falar de mim. Por que eu sei o que se passa na minha cabeça, na dos outros não, simples.

Entende agora por que o nome do blog é “meu mundo não é cor-de-rosa”?